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sapocris

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19
Nov21

Ismael e Chopin

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«Os homens são estranhos, Ismael. Nem sempre escolhem o que mais gostam, aquilo que os faz ser felizes.»

Ismael é um coelho bravo que vive no bosque. Dos seus 51 irmãos, foi ele o escolhido pelo pai, o respeitado Coelho Maltese, para ficar junto de si e aprender tudo o que ele tinha para ensinar: todos os segredos do bosque, todos os segredos do mundo. A Ismael, o pai aconselha-o, entre outras coisas, a ter cuidado com os homens, esses bichos inteligentes que escrevem a língua que falam. Mal sabe Coelho Maltese que a abertura ao mundo o levará a conhecer a música e, sobretudo, a figura memorável de um jovem músico chamado Chopin.

Já doente, Chopin refugiou-se numa casa meio abandonada, e passa os dias a tossir; quando chega a noite, senta-se ao piano e toca. Aos poucos, atraído pela música grandiosa, Ismael perde a timidez inicial e, cheio de cautelas, vai-se aventurando. Ao ser descoberto, e directamente interpelado pelo genial pianista, o coelhinho bravo descai-se e revela o seu dom, apesar de ter prometido ao pai que nunca o faria. Sim, porque Ismael tem um dom: consegue entender a língua humana e, mais, fazer-se entender através da nossa linguagem de homens.

O que poderá resultar de tão singular e tocante relacionamento?

 

Miguel Sousa Tavares licenciou-se em Direito. Viria a abandonar a advocacia pelo jornalismo e, mais tarde, o jornalismo pela escrita literária e pelo comentário. Trabalhou em jornais, revistas e televisão, tendo conquistado diversos prémios como repórter, entre os quais o Grande Prémio de Jornalismo do Clube Português de Imprensa e o Tucano de Ouro,1º Prémio de reportagem televisiva no FestRio-Festival de Televisão e Cinema do Rio de Janeiro.
Seria um dos fundadores da revista Grande Reportagem, que dirigiu durante dez anos, tornando-a uma marca de referência no panorama jornalístico português. Como comentador político mantém, há vinte anos, uma presença constante - hoje na SIC e no jornal Expresso - ,em que a sua reconhecida independência arrasta fiéis e acumula inimigos.
Depois de incursões no domínio da literatura infantil e de viagens, estreou-se na ficção com Não de deixarei morrer, David Crockett, um conjunto de contos e textos dispersos. Em 2010, publicou o seu primeiro romance, Equador, que vendeu mais de 400.000 exemplares em Portugal, estando ainda traduzido em 12 línguas e editado em cerca de 30 países, com adaptação televisa em Portugal e no Brasil.

19
Nov21

Ashenden - O Agente Britânico

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Quando a I Guerra Mundial rebentou, em 1914, W. Somerset Maugham viajou para a Suíça com o pretexto de terminar uma peça de teatro. Na realidade, fora destacado pelos serviços secretos britânicos para realizar uma missão de espionagem. Escritor famoso, cosmopolita e poliglota, Maugham apreciava o lado inesperado, romântico e ridículo da vida, características que faziam dele o espião perfeito. Sob o disfarce da sua profissão, viajou livremente pela Europa e participou em inúmeras missões. 
Ao escrever Ashenden – O Agente Britânico, Somerset Maugham relata de forma ficcionada esse período exuberante, tenso e fascinante da sua vida. O agente Ashenden é o seu alter ego e segue um percurso quase idêntico ao seu, repleto de situações perigosas, decisões difíceis e personagens insólitas, como a velha governanta de um príncipe egípcio, um mexicano calvo e um encantador inglês com uma paixão por flores.

 

William Somerset Maugham, filho de pais ingleses a viverem em França, nasceu em 1874, na embaixada britânica de Paris, de modo a escapar à obrigatoriedade de cumprir serviço militar imposta a todos os cidadãos nascidos em solo francês. Dramaturgo e romancista, antes de deflagrar a Primeira Guerra Mundial, Maugham já havia publicado dez romances e igual número de peças de teatro da sua autoria haviam subido a palco. Rapidamente se tornou um dos mais célebres escritores do seu tempo, e também um dos mais bem pagos. Quando ficou órfão de ambos os pais, antes de completar dez anos, foi enviado para Inglaterra, permanecendo ao cuidado de um tio. Mudou de país e mudou de língua – a adaptação não decorreu pacificamente. Com dezasseis anos, convenceu o tio a deixá-lo estudar na Alemanha, onde se dedicaria à literatura, à filosofia e à língua alemã. Aqui assumiria a sua bissexualidade, tendo a primeira relação homossexual, e aqui escreveria o seu primeiro livro, uma biografia do compositor Giacomo Meyerbeer. Quando regressou a Inglaterra, Somerset Maugham já tinha a certeza de que queria ser escritor. Durante a Primeira Guerra Mundial, o escritor viajou pela Índia e pelo Sudeste Asiático, experiência que lhe serviu de mote para várias obras. Entre os seus livros mais notáveis, encontram-se Servidão HumanaO Fio da Navalha e A Carta. Somerset Maugham morreu na sua casa do Sul de França em 1965, e as suas cinzas foram espalhadas perto da Biblioteca Maugham, em Inglaterra.

02
Nov21

Herança

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de Vigdis Hjorth 

SINOPSE
 

Quatro irmãos. Duas casas de férias. Um segredo. Há vinte anos que Bergljot se mantém fora da órbita da família, mas, quando uma disputa em torno do testamento dos pais sobe de tom, ela não poderá ficar calada. Ambos vivos, os pais decidem deixar duas casas de veraneio às suas irmãs, deserdando de uma parte importante do património da família os dois filhos mais velhos. Visto de fora, este é um simples caso de favoritismo. Bergljot, que vive desde a infância com um segredo terrível, faz contudo uma leitura diferente: para ela, esta é a derradeira estocada para acabar com a verdade, o último insulto às vítimas. Herança é um romance lírico sobre trauma e memória, sobre sobrevivência e força. Controverso, caminhando entre realidade e ficção, este foi um dos maiores êxitos da literatura norueguesa dos últimos anos, granjeando a Vigdis Hjorth múltiplos prémios e traduções da sua obra para mais de vinte línguas.

 

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Vigdis Hjorth nasceu a 19 de julho de 1959, em Oslo, e é autora de mais de uma dúzia de romances. Formada em Filosofia, Literatura e Ciência Política, publicou a sua primeira obra em 1983. Com Herança ganhou o Prémio da Crítica Norueguesa para Literatura e o Prémio dos Livreiros Noruegueses, tendo sido também selecionada nos Estados Unidos da América para o National Book Award for Translated Literature. Vive em Asker, nas proximidades de Oslo.

 

 

 

 

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