10
Fev20
Casei com um Massai
sapocris
EXCERTOS
«Esta é a história dos quatro anos que passei no mato do Quénia. Na altura vivi o maior amor da minha vida e passei pelo céu e pelo inferno. Foi a minha maior luta pela sobrevivência. Uma luta que, ainda assim, eu e a minha filha vencemos.»
Corinne Hofmann é uma empresária suíça, filha de mãe francesa e pai alemão, que entre os 27 e os 31 anos viveu no Quénia com o seu marido massai. Aos 43 anos publicou o primeiro livro, Casei com um Massai, que se encontra há oito anos na lista dos mais vendidos da revista alemã Spiegel e foi traduzido para inúmeras línguas. Corinne publicou posteriormente mais dois títulos autobiográficos e, embora se tenha entretanto separado do marido, continua a apoiá-lo financeiramente como antes.
O relato insólito de uma história de amor que uniu uma europeia a um guerreiro Massai.A simples visão de um guerreiro Massai, «praticamente nu e carregado de jóias», levou Corinne Hofmann, uma empresária suíça de férias no Kenya, a abandonar tudo, incluindo o namorado que a acompanhava, e a lançar-se na procura obsessiva de Lketinga, membro de uma tribo Samburu, «que nunca tinha ido à escola, não sabia ler nem escrever e mal falava inglês». Corinne levou três meses a encontrar Lketinga, com quem casou. A sua casa em Barsaloi era uma «manyatta», uma cabana feita de madeira e de excrementos de vaca, e a alimentação baseava-se em carne de cabra, chá e leite misturado com sangue. Corinne teve de lidar com hábitos sociais profundamente diferentes dos seus e o valor deste testemunho reside na capacidade de nos transportar para o interior do mundo doméstico da selva africana onde aprende a ser mulher de Lketinga. Corrinne nunca deixou de ser uma empresária: passado pouco tempo, comprou uma carrinha e abriu uma pequena mercearia para alimentar a aldeia, mas problemas mecânicos, a difícil viagem até à cidade, o roubo e a corrupção tornaram a missão traumática e esvaziaram a conta bancária que tinha na Suíça. Os ataques de ciúme de Lketinga, a malária, a hepatite e a má nutrição levaram-na finalmente a fugir para a Suiça, em 1990, com a filha, Napirai.